CASA DOS VARAIS - CAMBRES

No coração da região do vinho do Porto, na margem sul do rio Douro, nasce a magnífica Casa dos Varais, testemunho de princípios do século XVIII. A sua história associa-se às famílias Castro, Vilhena e Pinto da Fonseca. Dali conheceram-se cavaleiros e embaixadores nas colónias portuguesas, assim como governadores da Índia, de Ceilão e Malaca. Foi pertença da família Coutinho, Lorde de Lamego e Penedono, passando a recolhimento dos monges Salzedas. Em 1808, a propriedade é invadida pelas tropas napoleónicas, sendo mais tarde, atingida pelo fogo. Atualmente, e após um projeto de recuperação em 1981, a casa resplandece num panorama de tranquilidade. A actual proprietária Lúcia de Castro Girão, recebe os hóspedes com conforto e qualidade.

As salas de estar possuem lareiras que convidam a saborear os vinhos de eleição, os jardins inspiram passeios a pé e as águas do rio Douro inspiram passeios de barco.

Alojamento

  • 2 x Duplo - Desde 138.00€ / noite
  • 1 x Quarto Superior - Desde 138.00€ / noite

Características

  • Adega
  • Capela
  • Fala-se espanhol
  • Fala-se francês
  • Fala-se inglês
  • Jardins
  • Passeios a Pé
  • Provas de vinho
  • Refeições mediante solicitação

Localização

Cambres

4003 TH

A Casa dos Varais está construída no sopé de um monte, oferecendo uma paisagem sobre o Vale do Douro com os seus típicos terraços cobertos de vinhas, onde se produz o Vinho do Porto. O presente edifício data dos princípios do século XVIII, embora a construção original se pense remontar ao século XV, ou mesmo a data anterior.

Antigamente, a casa pertenceu à nobre família Coutinho, Lorde de Lamego e Penedono, mas, posteriormente e durante vários anos, a Casa dos Varais foi habitada pelos monges Salzedas, que obtiveram permissão para lá permanecerem indefinidamente. No entanto, em 1753, a casa foi devolvida à família quando Alexandre Luis de Sousa Coutinho - Governador Militar de Armamar - decidiu cancelar a permissão, pois pretendia habitar na casa com a sua família.

A habitação tornou-se igualmente conhecida pela sua turbulenta história, quando foi invadida pelas tropas napoleónicas comandadas pelo general Loison, assim como pelo facto de ter sido completamente destruída por um incêndio em 1940, acabando por ser necessário reconstrui-la, embora mantendo as linhas arquitectónicas originais.

A Casa dos Varais está relacionada com várias famílias nobres, entre elas os Castro, Vilhena e Pinto da Fonseca. Dali conheceram-se cavaleiros e embaixadores nas colónias portuguesas, assim como governadores da Índia, de Ceilão e Malaca.

A presente proprietária da Casa dos Varais é D. Lúcia de Castro Girão. A habitação foi recuperada em 1981, preservando a sua antiga traça, assim como o seu interior. As salas de estar possuem lareiras para as noites frias de Inverno mas, no Verão, o que dá gosto é usufruir das sombras do jardim, dos passeios a pé pela quinta ou optar por andar de barco no rio que corre calmamente aos pés da casa. Pintada a rosa-vivo, possui um terraço sobre o rio Douro e insere-se numa propriedade onde se produz Vinho do Porto.

In Solares de Portugal A arte de bem receber , Edições INAPA, 2007

HISTORIAL

A Casa Nobre dos Varais está construída no sopé do monte, uma paisagem sobre o Vale do Douro com os seus típicos terraços cobertos de vinhas, de onde se produz o Vinho do Porto. O presente edifício da casa dos Varais data dos princípios do século XVIII, embora a construção original se pense ser do século XV ou mais remota. Antigamente era a residência da Nobre Família Coutinho, Lorde de Lamego e Penedono. Penedono é uma aldeia, localizada a cerca de 35 Km. sudoeste de Lamego. Ali existe um castelo, considerado como um dos mais antigos Castelos Medievais existentes em Portugal.

Durante muitos anos, a Casa dos Varais foi ocupada pelos Monges de Salzedas (uma aldeia situada a cerca de 60 Km. Norte de Viseu), que arranjaram uma permissão para ficarem na Casa indefinidamente. No entanto, a Casa foi devolvida à família em 23 de Março de 1753, quando Alexandre Luís de Sousa Coutinho, Governador Militar de Armamar decidiu cancelar a permissão e ir viver para a casa com a sua família.

Em 1808, a Casa foi assaltada pelas tropas de Napoleão, comandadas pelo General Loison. Mais tarde, um incêndio destruiu quase completamente a parte interior da Casa, tendo sido necessário reconstruí-la, mantendo as linhas originais da arquitectura.

Através dos casamentos, a Casa dos Varais está ligada a várias famílias nobres, como os Castros, os Vilhenas e os Pinto da Fonseca. D. António Manuel de Vilhena e D. Manuel Pinto da Fonseca foram Grã Mestres da Ordem de Malta. O primeiro combateu em muitas batalhas contra os Turcos e teve, uma vez, uma grande frota a seu comando. Os seus restos mortais estão depositados num túmulo, na Igreja de S. João. em Malta.

Álvaro Gonçalves Coutinho, um famoso membro da família Coutinho, foi um dos Doze Cavaleiros Portugueses que foram a Inglaterra no século XIV para honrar o nome de Doze Donzelas Inglesas, que tinham sido insultadas por alguns Cavaleiros Ingleses. A sua alcunha era "O Magriço", o Cavaleiro Conquistador de Donzelas. Este acontecimento vem narrado no poema épico de Camões "Os Lusíadas".

Outros membros da família foram distinguidos: Manuel de Sousa Coutinho, 31º Governador da Índia (1588-1591), sendo também Governador de Ceilão e Málaca; Francisco de Sousa Coutinho, Embaixador Português na Holanda, Dinamarca e França durante o difícil período de 1640-1660, em que Portugal, depois de ganhar a independência de Espanha, estava em guerra com a mesma; Alexandre Pinto de Sousa Coutinho, Governador Militar de Armamar, que libertou a Casa dos Varais da posse dos monges de Salzedas, em 1788; e Manuel de Sousa Coutinho, célebre escritor, também conhecido por Frei Luís de Sousa.

Manuel de Sousa Coutinho nasceu em 1555 e morreu em 1632. Tinha um tão grande espírito de aventura, que um escritor português escreveu uma peça sobre a sua vida. Foi feito prisioneiro pelos Mouros na Argélia e, quando o libertaram, regressou a Portugal e casou com D. Madalena de Vilhena. Quando Portugal estava sob reinado espanhol, desde 1580 a 1640, Manuel de Sousa Coutinho ateou fogo ao seu próprio palácio para que os Governadores Espanhóis não se pudessem ali alojar enquanto eram expulsos de Lisboa, que ao mesmo tempo estava a ser desvastada por uma forte epidemia. Foi então obrigado a sair do país e, quando voltou a Portugal, alguns anos depois, a sua filha tinha falecido, o que o levou, a ele e à mulher, a retirarem-se numa vida de clausura. Em 1614, Manuel de Sousa Coutinho foi recebido no Mosteiro Dominicano de Benfica, em Lisboa, adoptando então o nome de Frei Luís de Sousa.

O soberano manto, que hoje está guardado na Casa dos Varais, mostra na sua insígnia os sobrenomes das famílias Pereira, Pinto, Coutinho e Sousa.

A actual proprietária da casa dos Varais é D. Lúcia de Castro Girão.

O presente edifício da Casa do Varais data dos princípios do século XVIII, embora a construção original seja do século XVI, ou mesmo de data anterior.