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(Chamada para a
rede fixa nacional)
Torre de Moncorvo (ou simplesmente Moncorvo), é uma vila portuguesa, pertencente ao Distrito de Bragança, Região Norte e subregião do Douro, com cerca de 3 000 habitantes.
É sede de um município com 532,77 km² de área e 9 919 habitantes (2001), subdividido em 17 freguesias. O município é limitado a norte pelos municípios de Vila Flor, Alfândega da Fé e Mogadouro, a sueste por Freixo de Espada à Cinta, a sudoeste por Vila Nova de Foz Côa e a oeste por Carrazeda de Ansiães.
O concelho recebeu foral de D. Sancho II em 1225.
O nome desta localidade está associado a um nobre leonês, Mendo Curvus, senhor destas terras, que, tendo participado na Reconquista Cristã da Península Ibérica, aqui mandou construir um castelo para sua residência e defesa do território. D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, confirmou os privilégios dados anteriormente aos habitantes, e concedeu à povoação os forais de 1128 e de 1140.
Um século depois, Torre de Moncorvo ganhou nova importância quando foi elevada a vila, por iniciativa do rei D. Dinis. Nesse mesmo reinado, reedificou-se o castelo e reforçaram-se as muralhas, confirmando o facto de constituir um ponto de defesa avançada da fronteira portuguesa durante a Idade Média.
Em 1512, D. Manuel concedeu foral novo a Torre de Moncorvo, constituindo então uma das maiores comarcas do país.
Situada no fértil Vale da Vilariça, junto da Serra do Reboredo, a localidade transformou-se num importante pólo de troca comercial entre os territórios a Norte do Rio Douro e a zona vinhateira da Beira Alta. A riqueza desta região reflectiu-se na construção de dois importantes monumentos: a imponente Igreja Matriz de Torre de Moncorvo e a Igreja da Misericórdia, de estilo renascentista.
No séc. XVII, foi criada a Real Feitoria dos Linhos e Cânhamos, por iniciativa régia de D. João IV.
Durante o séc. XVIII, o uso da seda desenvolveu-se e a cultura do bicho da seda veio substituir a do linho, dando continuidade à produção têxtil regional.
Uma outra área de investimento foi a exploração mineira, que teve início em 1874 e se deve ao facto de aqui existir um dos maiores jazigos nacionais de ferro. O actual Museu do Ferro e da Região de Moncorvo lembra-nos como foi a evolução desta indústria e dá-nos mais informação sobre a história e costumes locais.
Para visitar Torre de Moncorvo, aconselha-se o final do Inverno, quando a Câmara Municipal organiza uma feira de artesanato e promove a região através da iniciativa "Amendoeiras em Flor".
Não deixe também de ir a Adeganha, uma povoação que fica a 19 km e que conserva ainda as características rurais transmontanas. Aí, visite a Igreja Matriz de Santiago Maior, um interessante exemplo da arquitectura românica nordestina.