Reservas
(Chamada para a
rede fixa nacional)
No nordeste transmontano, Macedo de Cavaleiros é terra de solares situada num vale fértil, junto à Serra de Bornes, muito procurada para a prática de desportos radicais, como por exemplo o parapente.
No séc. XVIII, uma das principais actividades da região era a criação de bicho-da-seda, de que são testemunhos as ruínas do Real Filatório de Chacim, que se prevê serem reaproveitadas no âmbito da "Rota Europeia da Seda", da qual Macedo de Cavaleiros é Sede em Portugal.
Macedo de Cavaleiros, com uma área de 699,0 km2, 17 254 habitantes e 38 freguesias, é um dos 12 municípios distrito de Bragança. Macedo de Cavaleiros situa-se na encruzilhada dos caminhos do Nordeste, localizando-se a sede de Concelho num vale fértil entre as Serras de Bornes e Pinhovelo. É uma terra de progresso e de beleza rara, hospitaleira e de bom gosto gastronómico. Nos seus 700 Kms de superfície, podemos encontrar 38 freguesias e 60 povoações, que vivem basicamente da agricultura, comércio e serviços. Com um fraco desenvolvimento industrial tem, apostado no Turismo aproveitando as suas belas paisagens e as gentes locais. A história de Macedo de Cavaleiros funde-se no vasto quadro da evolução histórico-administrativa do território bragançano. Marcada pela sua individualização como unidade administrativa, em meados do século XIX; a sua história é a história das diversas circunscrições administrativas que se agregaram para o constituir. A estrutura geográfica em que se insere Macedo de Cavaleiros levou-o, naturalmente, ao isolamento. Apesar disso, existem vestígios do seu povoamento em épocas remotas, desde do Neolítico que a presença humana deixou marcas nesta região. A invasão dos Bárbaros marca o início de uma luta multissecular pela posse da Península Ibérica. Depois dos Suevos que, fundaram o seu reino no noroeste da Península, incorporando as terras bragançanas, Godos e Árabes impuseram, sucessivamente o seu domínio. O território que o Tuela delimita a oeste e agora corresponde ao Distrito de Bragança, só se incorporou na Terra de Portugal a partir do século XII, repartido por três Distritos ou Terras: Bragança, a norte; Lampaças, no centro, à qual pertencia a povoação de Masaedo (actual vila de Macedo de Cavaleiros); e Ledra, no sul. No termo destas últimas se veio a recortar, 700 anos depois o Concelho de Macedo de Cavaleiros. A divisão pré-nacional do território aquém- Tuela em três Distritos manteve-se, na monarquia portuguesa, até que, pelo foral de Junho de 1187, D. Sancho I erigiu a cidade de Bragança em sede de um vasto Concelho que conglomerava os termos de Bragança e Lampaças. Ao Concelho de Bragança passaram, assim a pertencer todas as povoações do actual concelho de Macedo de Cavaleiros que faziam parte da extinta Terra de Lampaças D. Sancho I impôs a Bragança o povoamento dos "vilares veteros" do Concelho. Na área do actual concelho de Macedo de Cavaleiros foram povoados por Bragança, além de outros vilares, Valdrês, Limãos e Vale de Prados.No concelho de Macedo de Cavaleiros, eram vilares, além das povoações atrás referidas, as de Talhas, Travanca, Burga, Peredo, Bousende, Azibeiro e Masaedo. Segundo as Inquirições de D. Afonso III, em 1258, o território de Macedo pertencia a um cavaleiro de Chacim, D. Nuno Martins, da estirpe dos Bragançãos, e a um outro D. Mendes Gonçalves. No entanto, este lugar não seria mais do que uma pequena povoação, já que não assumiu nestes tempos a importância administrativa de outras localidades suas vizinhas, como por exemplo Nozelos, Vale Prados, Cortiços, Sezulfe e Pinhovelo, as quais, durante o surto municipalista do reinado de D. Dinis, receberam Cartas de Foral. A partir do século XIV, Masaedo surge designado por Macedo dos Cavaleiros. Este aditivo deve-se provavelmente à categoria dos seus donatários. No começo do século XVI, a grande reforma de D. Manuel concedeu forais novos a Sezulfe (1504), a Vale Prados (1510), a Chacim (1514) e aos Cortiços (1517). As linhas gerais da divisão territorial mantiveram-se. O País dividia-se em seis grandes Comarcas ou Províncias, entre as quais se contava a de Trás-os-Montes. A Comarca de Trás-os-Montes aparece subdividida, na 1ª metade do século em quatro Comarcas ou Corregedorias: Moncorvo, Miranda, Vila Real e Bragança. À Comarca de Moncorvo pertenciam os concelhos de Chacim, Sezulfe e Cortiços; Nozelos, Vale de Prados e Pinhovelo e toda a parte leste do actual Concelho, continuaram integradas na Comarca de Bragança.
Em 1722, D. João V passou "carta de reguengueiros da Casa de Bragança aos moradores da quinta" de Macedo. Este documento do século XVIII testemunha ainda a pequena dimensão de Macedo, ao designá-lo como quinta. Em 18 de Julho de 1835 decretava-se a nova divisão administrativa. O país ficava dividido em Distritos, estes em Concelhos e os Concelhos em Freguesias. No mapa n.º2 anexo ao Decreto, mencionavam-se, entre os 44 Concelhos que ficavam a constituir o Distrito de Bragança, os de Chacim, Cortiços, Nozelos, Sezulfe e Vale de Prados. A 6 de Novembro de 1836, reduziram-se a dois - Chacim e Cortiços - os velhos Concelhos que viriam a constituir o núcleo de Concelho de Macedo de Cavaleiros. Uma nova divisão administrativa é aprovada em 1853 e institui Macedo dos Cavaleiros como Julgado e Concelho, suprimindo os antigos concelhos de Chacim e Cortiços. Um erro gráfico dá forma definitiva ao nome Macedo de Cavaleiros. Em 1863 a povoação de Macedo de Cavaleiros é elevada á categoria de vila. Indubitavelmente o crescimento da antiga povoação de Masaedo deve ter sido enorme entre o início do século XVIII e a segunda metade do século de XIX, passando duma simples "quinta" a sede de concelho e a vila. A 13 de Maio de 1999 é votada na Assembleia da República a elevação de Macedo de Cavaleiros a cidade.