Aljustrel

Considerado um verdadeiro ex-libris da povoação, a Ermida de Santa Maria do Castelo vem referida na visitação da Ordem de Santiago de 1482, sendo a sua denominação alterada, a partir de 1510, para Nossa Senhora do Castelo. Desde sempre, esta ermida esteve ligada à fé das populações do concelho, a ela se associando vários milagres e lendas.

A Ermida e a área envolvente, que inclui as ruínas do Castelo (islâmico), foi classificada como Imóvel de Interesse Público, em 1992.

Do património edificado da vila há a destacar, ainda, a Igreja Matriz ou de S. Salvador. Construída no século XV, é um dos maiores templos portugueses de uma só nave, com abóboda lisa, que assenta em paredes de mais de dois metros de espessura.

O painel de azulejos (século XVII), frontal do altar-mor, atribuído a Gabriel del Barco, foi classificado, por Santos Simões, como peça de extraordinário valor artístico.

A Igreja da Misericórdia é um monumento do século XVII de estilo renascentista. Foi centro de assistência aos doentes e era o lugar onde se realizavam as cerimónias religiosas da Semana Santa.

Existiram 15 moinhos de vento à volta da povoação, tendo a Câmara Municipal recuperado, recentemente, o de Malpique.

Outro local patrimonialmente importante e de grande beleza plástica, a merecer presença do visitante, é a área mineira, com a maquinaria e as estruturas de apoio à mineração já desactivadas. Ainda ligadas à exploração mineira, existem as chaminés do século XIX denominadas «Transta-ganas». A de Algares encontra-se em ruínas, mas na Herdade das Pedras Brancas, a 5 km de Aljustrel, ainda se pode observar um exemplar em razoável estado de conservação.